Na verdade, fizemos essa última viagem mais por uma obrigação, pois já estamos saturados de todos os impasses de viajar por aqui. Mas, também seria um disparate vir até a Índia e não conhecer uma das sétima maravilhas do mundo: o Taj Mahal, que fica em Agra.
A via Crucis
Se você for pesquisar em vários livros turísticos todos falam bem de Jaipur e Agra, como todas as cidades da Índia, mas ninguém fala dos percalços que o viajante pode encontrar. Este pensamento é tão generalizado, que às vezes acho que esses famosos guias de viagens são feitos de uma maneira tendenciosa, puramente comercial. E não preparam nenhum viajante de forma adequada, e consequentemente sobram as surpresas não muito agradáveis.
Amigos, às vezes vocês podem até achar que sou um pouco radical e pessimista nos meus relatos, mas como sempre falo: o relato de uma viagem depende do perfil de cada viajante. Claro, se você for um jovem aventureiro, viajar sozinho com uma mochila nas costas achará a Índia fascinante, ou um milionário disposto a ficar em todos os 5 estrelas. Mas, a viagem que eu falo, é uma viagem de família, com criança pequena, de pais não tão jovens assim (quem tem filhos pode me entender melhor); e como a gente viaja bastante, não pegamos pacotes turísticos de cinco estelas, tentamos sempre economizar para viajar mais. Lógico, que eu nunca esperei muito da Índia, mas eu só queria o mínimo dos mínimos: um lugar limpo para comer e um toalete humano.
A chegada em Jaipur
Viajamos pelo Indigo blue na ida , e na volta pela Jet Air. Estas companhias são boas e não tão caras; diferentemente da Air India que é um pesadelo, tem aviões velhos e cadeiras quebradas, ( não tinha nem sacos para vômitos quando meu filho precisou numa desta viagem).
O aeroporto é pequeno, mas é bonito, com uma arquitetura mais moderna. Mas, não tem nenhum restaurante, somente cafés que servem doces e salgados apimentados.
As ruas próximas ao aeroporto são bonitas e limpas, e também possuem áreas mais arborizadas do que às de Mumbai.
Mas, afastando-se da área próxima ao aeroporto, chegando ao centro de Jaipur, você sente que está na real Índia. Muito lixo, muito lixo mesmo! Os prédios, já não são mais rosas, são marrons de tanta sujeira. Muita gente atropelando a outra, muitos animais: cavalos,camelos, cachorros, cabras... também muitos pedintes; crianças esguias,sujas e maltrapilhas caminhando sozinhas pelas ruas. No meio de tanta miséria, fica até difícil apreciar “o belo” das construções históricas.
Em Jaipur, não encontrei nenhum restaurante decente para comer. Gente, não é frescura não, mas aqui na Índia você tem pensar mil vezes antes comer alguma coisa na rua. Porque ficar doente longe de casa não é fácil, e com crianças então...
Claro, se você estiver disponível a gastar muita grana, você poderá ficar num desses resorts maravilhosos que tem em Jaipur, daí você poderá fazer toda sua alimentação por lá. Mas, não é o nosso caso, geralmente a gente procura comer fora do hotel e fazer os trechos turísticos por conta própria, para economizarmos mais. Mas, em Jaipur não encontramos nenhum lugar limpo para comer; e olha que estávamos nas proximidades do centro histórico. Então resolvemos almoçar no hotel mesmo, nos hospedamos no Holiday Hinn, que é um hotel não muito caro, de uma rede americana. Era obvio que deveria ter uma comida mais ocidental por lá, mas não foi isso que aconteceu. A comida era caríssima para o padrão indiano, e horrível! O hambúrguer( de frango) veio com pimenta( o Erik, meu filho pequeno,passa mal se comer certas pimentas). O frango que pedimos, veio esturricado e com gosto de óleo velho, se estivéssemos sozinhos, eu e meu marido, encararíamos essa situação numa boa. Mas, pagar caro por uma comida horrível é frustrante, não é mesmo?
Passeio turístico
Como não tínhamos muito tempo e estávamos muito cansados, pois não dormimos na noite anterior, por causa do vôo que foi de madrugada. Visitamos somente o Amber fort que era próximo do nosso hotel. O forte é bem legal, a arquitetura é impressionante, sem falar nas edificações aos redores do forte formadas por muralhas que lembram as muralhas da China. O mais belo do lugar é a vista de fora, pois dentro não tem muito o que ver, mas vale muito a pena conhecer, é como voltar no tempo. O forte foi construído no século 11, mas em 1592 Man Singh ergueu um palácio sobre as ruínas do forte. Então, a sensação é de uma mistura de palácio e forte. Têm jardins( não conservados) e um lago, também muitos macacos grandes querendo roubar qualquer coisa que você tenha na mão...rssrsrsrs...
Continuação no próximo post...
Amber Fort |
Vista do lago no Amber Fort |
Entrada principal do Amber Fort |
Imagens: minhas fotos, mais fotos no Orkut
2 comentários:
Vou aguardar os próximos capítulos :) Estou adorando seus relatos.
Vou ficar torcendo p q a próxima "parada" vc encontre um restô descente e com comidinhas deliciosas.
Bjs
Rsrsrsr... o pior que eu não encontrei, Neuminha.Beijos.
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