quinta-feira, 29 de julho de 2010

Auto-riquixá














Estes são os auto-riquixás, chamados popularmente de autos, scooters ou phats-phats. São considerados o meio mais barato de transporte. Caminhando por Mumbai podemos ver centenas deles, com suas buzinas enlouquecidas, e é sempre uma aventura andar com eles. Uma grande aventura, principalmente num dia de chuva, pois chove mais dentro do que fora..rsss... eu mesma fiquei ensopada um dia desses.

E as tarifas são dadas de acordo com a cara do cliente, apesar de existir um taxímetro. Mas, os motoristas alegam que o taxímetro está sempre quebrado. Por isso, é sempre bom negociar o valor antes de embarcar num desses, daí é só entrar e rezar pra chegar vivo no destino( risos... brincadeirinha..).

* Nas fotos:1-eu e meu filho,2- dentro de um auto-riquixá, 3- trânsito em Mumbai

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Assédio na Índia...

Algo que está  me incomondando muito  por aqui, é o comportamento do homem indiano. E não adianta uma mulher usar calça com blusa de manga sem decote, eles sempre assediam. Com certeza alguns vão falar que os homens brasileiros são iguais, mas não são. O assédio é diferente, podem ter certeza! A diferença é que no Brasil, os homens olham, olham... mas são discretos. São discretos principalmente se a mulher estiver acompanhada do marido. Aqui, eles olham, se aproximam, ficam de perto olhando para cada parte do seu corpo coberto, fazendo aquela cara de pervertido...
 Não basta os olhares indianos perseguidores por ser estrangeira. E olha que eu  pareço uma indiana, mas não acontece só comigo. Já li muito sobre assédio sexual  na Índia  em outros blogs, inclusive esta questão está bem enfatizada em quaquer guia de viagem da Índia. Os guias geralmente alertam as mulheres para não usarem nenhum tipo de roupa que mostre os ombros ou as pernas, e até mesmo evitarem de sair sozinha pelas ruas. É muito perigoso...

E se vocês ainda estão céticos ou quiserem se aprofundar no assunto, passarei um  blog que conta tudo: indiagestão.blogspot.com
Lá também têm alguns casos escrabosos que aconteceram com algumas mulheres.

Esse post foi gerado por causa de alguns importunos que eu passei no final de semana passado. Um cara ficou me perseguindo no shopping , e eu morri de medo, a sorte que meu marido chegou, dai ele foi embora.  Sem falar nos olhares e comentários nada muito confortáveis em minha direção. E o detalhe, eu estava de jeans e uma blusa com manga. Então, não adianta tentar esconder o corpo, o assédio acontecerá sempre, o jeito é tentar se acostumar com isso, e evitar de sair sozinha.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Chove chuva... muita chuva em Mumbai!

Desde quando cheguei aqui, não parou de chover um só dia, e não é uma chuvinha fraca não... são temporais acompanhados de ventos fortissímos. Não sei como ainda não inundou toda cidade. Para mim isso é ruim, pois me impossibilita de sair de casa. Mas, para os indianos a chuva por aqui é uma dádiva dos Deuses. Essa época chuvosa chama-se:

Monção

A palavra monção vem do árabe mawsim (estação) e refere-se aos ventos úmidos sazonais ao sul da Ásia, formam-se de Julho a Setembro. O sul, principalmente o litoral e o Nordeste  recebem chuvas torrenciais. Mas, elas são escassas nas planicies do Norte, que continuam quentes e úmidas.

No país nada é esperado com mais ansiedade do que essas chuvas anuais, pois  significa a transformação mágica da terra. Músicas e poesias  celebram os meses de sawan  e bhadon  (julho e agosto), como tempo de renovação e esperança.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Chegando em Mumbai...

Depois de quase 20 horas de vôo e mais 4 horas na espera da sala de embarque na África do Sul...

Aqui estou em Mumbai com um jet lag enorme por causa das quase 9 horas de diferença de fuso horário. E como sempre ao chegar na Ásia, já fui abençoada com os piriris na barriga...mas, vamos teclando...

Só para não dizer que não dei notícias, farei um resumão dos acontecimentos, voltarei quando estiver um pouco melhor, combinado?


. A viagem:

Foi ótima, peguei um avião da South African: São Paulo- Johannesburg (África do Sul)- Mumbai


No segundo vôo houve muitas turbulências (mesmo agnóstica, rezei um pai nosso...rsss... pois é, no medo até ateu se converte...rssss..)

Em Johannesburg: chegamos 8:00 da manhã, estava muito frio. O aeroporto é moderno, ainda com a cara da Copa, cheios de vuvuzelas. Tirei muitas fotos, mas ficarei devendo, pois a espertinha aqui esqueceu o cabo da câmera no Brasil. Os africanos (pelo menos os que eu vi no aeroporto) são negros cheios de molejo, bonitos e sorridentes. Adoram cantar e dançar, deu uma vontade de ficar mais tempo por lá pra ver mais desta alegria, quem sabe um dia...

Primeiras impressões em Mumbai...

Pra quem já me conhece sabe que quando viajo pra algum lugar novo, não crio muitas expectativas, penso o pior para não ficar decepcionada. Em Mumbai foi a mesma coisa. Pensei o pior de Mumbai, mas até  que não foi tão mal assim. Algo que eu costumo perceber logo de cara nos lugares que eu chego, é o cheiro, cada país ou cidade tem um cheiro característico. São Paulo, por exemplo, tem cheiro de monóxido de
carbono logo ao chegar no aeroporto, o ar torna-se  pesado. A Tailândia tem cheiro de gengibre pois eles usam muito como tempero. Em Mumbai o cheiro não foi muito agradável, uma mistura de odor de esgoto com roupa suja, esse cheiro me acompanhou por toda travessia da cidade (pois o hotel que estamos localiza-se, no outro lado da cidade, em Novo Mumbai). Mas, como somos seres adaptáveis ao meio, os cheiros bons ou  ruins logo se tornam imperceptíveis, e assim tudo fica mais belo.


Percebi também que em Mumbai o contraste financeiro é bastante ostensivo, entre as 15 milhões de pessoas estão os maiores milionários do mundo aos mais miseráveis. Fui no domingo num dos shoppings mais famosos daqui, e presenciei um festival de marcas e magnatas, e logo ali do outro lado da rua do shopping algumas crianças maltrapilhas se esbofeteavam por um pedaço de pão encontrado num latão de lixo... assim é Mumbai por enquanto.