sexta-feira, 29 de abril de 2011

Manual de sobrevivência na Índia- Parte XI


Tudo que você precisa saber sobre a Índia e ninguém teve a coragem de te falar...

Continuação...


As diferenças de ideias...

Homem com homem pode...

Não é bem visto na sociedade indiana uma cena amorosa entre um homem e uma mulher. Não é de bom agrado beijar, abraçar ou andar de mão dadas com sua esposa ou namorada. Nenhuma expressão de afetividade entre uma mulher e um homem é bem vista. Mas, entre homens tudo pode! Então se você vê homens de mãos dadas, caminhando meigamente pela rua; ou um sentado no colo do outro, beijando o rosto ou mesmo escutar um “Eu te amo” entre eles, não se assuste! Não pense que a comunidade gay tomou conta de toda a Índia. Pois, esses carinhos entre os homens são comuns por aqui.  É tanto amor que até assusta! Porém, se eles virem a cena de um simples abraço entre homem e uma mulher ficarão escandalizados. Mas, em compensação, os mais assanhadinhos podem se deliciar com as artes eróticas e cenas de tremendos bacanais nos quadros e esculturas ao longo dos templos e museus. E tudo isso ao som de uma  expressão muito usada pelos guias turísticos ou repórteres da índia: “It is much passion!”. Porem, por outro lado, seus filhos caminharão pelo museus e  templos e se chocarão com as cenas de extremo erotismo e orgias, e algumas delas quase incompreensíveis: não se sabe  quem estar com a cabeça no quê ou de quem é a  perna, alto erotismo! Sem falar, no Kama Sutra que foi inventado pelos indianos... tanto moralismo para tanto erotismo! Só na incredible Índia.

“Holiday in Goa”

Quando você ouvir essa expressão: “Holiday in Goa”, saiba que, às vezes, não só pode significar um simples feriado em Goa. Mas, também poderá significar uma escapadinha sexual das noivas prometidas, é como se fosse uma despedida de solteira. Antes delas se casarem, e aguentar o marido prometido para todo o sempre, as mesmas vão ter uma farrinha sexual em Goa. Isso é bem documentado no filme ”Outsourced”. Também é para lá que alguns amantes fogem do falso moralismo, pois em Goa  tudo é mais liberado, tudo pode acontecer. É  muito famosa, na Índia, essa expressão de ter uma Holiday em Goa.
Goa é a cidade mais turística da índia, até parece que não é Índia. É uma cidade que foi colonizada por portugueses, e que tem como religião o cristianismo. Considerada o reduto dos amantes. Um final de semana de sexo por lá, e depois voltam para vestirem a camisa da hipocrisia e do moralismo sexual. Tem até um comercial de carro, que tem como pano de fundo uma fugidinha para Goa. O protagonista do comercial (o ator mais famoso da Índia) encontra uma tremenda gata numa exposição de carros. Ela dá mole para ele, eles pegam o carro e vão para uma rodovia; param numa bifurcação onde tem placas indicando  Goa e Mumbai. O protagonista (casado) pára o carro e pensa, e neste momento a esposa  liga para o celular.Mas, ele desliga o celular, dá um sorrisinho malicioso e segue para Goa.

No cotidiano...

Curiosidade extrema

Se um dia você encontrar um desconhecido no elevador do seu prédio ou numa fila de supermercado e ele começar a te fazer várias perguntas: desde onde você é, quanto você ganha ou até mesmo a cor da sua cueca; não se assuste, o cara não é um maníaco sexual... tudo isso é normal, os indianos são bem curiosos. E fazer perguntas pessoais é uma forma de demonstrar cordialidade, principalmente se o questionado é estrangeiro. Minha vizinha sempre me perguntava quando encontrava-me no corredor: para onde eu vou? E o que vou fazer ?E que horas iria chegar?... Achei muito estranho no começo, mas depois me acostumei.


Lakshmana Temple. Khajuraho. Madhya Pradesh, India



Lakshmana Temple. Khajuraho. Madhya Pradesh, India



Lakshmana Temple. Khajuraho. Madhya Pradesh, India

Imagens: google imagens

sábado, 23 de abril de 2011

Manual de sobrevivência na Índia- Parte X


Tudo que você precisa saber sobre a Índia e ninguém teve a coragem de te falar...

Continuação...

Sobre casamento, amor e sexo...



Casamento: como o casamento já é arranjado pelos pais do casal, desde quando eles eram pequenininhos, não resta muito coisa a fazer para os indianos, é aceitar e viver eternamente. Perguntei alguns indianos sobre o amor, pois no ocidente já é difícil ter que aguentar o casamento por amor, sem falar na nossa procura que  é sempre muito grande e suscetível a erro. A maioria respondeu que o amor nasce da convivência, e que seus pais sempre sabem o que é melhor para os filhos. Portanto, eles aceitam essa tradição numa boa. Entretanto, a realidade dos fatos não são tão belos e românticos assim: eles casam, têm filhos, abortam as meninas e  preferem meninos. E quando procriam, alguns deles ficam somente com um tipo de amizade. Moram na mesma casa, e  às vezes dormem em camas separadas. E alguns também não mantêm relacionamento sexual. Mas, não se separam, pois o divórcio ainda não é bem visto na sociedade indiana. Mas, como é do instinto humano ser amado de alguma forma, os mesmos também mantêm a tradição de terem amantes, o dois são cientes da vida extra conjugal de cada um, não somente os homens como também as mulheres. E vivem assim, um casamento fake para a sociedade, e em casa uma bela amizade.

Indianos sedutores: neste longo tempo que morei na Índia, tive muito contato com estrangeiras que tiveram um relacionamento amoroso real ou até virtual com alguns indianos. Dentre elas, uma grande maioria de brasileiras, talvez por uma motivação da novela de Glória Peres. O fato é que o consulado e embaixada do Brasil na Índia receberam muitos pedidos de ajuda, ou pedidos de  informações sobre casamento, ou até informações de ajuda para um relacionamento com um indiano. Alguns casos tiveram finais felizes e outros nem tanto. O fato é que, como em todo o lugar do mundo, existem pessoas que aproveitam da carência de outras e tentam explorar de todas as formas. Portanto, você, mulher que está apaixonada por um indiano, tome muito cuidado. Os golpistas agem da mesma forma: geralmente conhecem as vítimas por algum site de relacionamento; são extremamente românticos, parece até que eles se espelham nos filmes adocicados de Bollywood. Elogiam a mulher, fala que sente saudades, que ela é o sol dos seus dias, e que não consegue ficar um minuto sem pensar na moça. O mais curioso que todos esses sentimentos são declarados logo nos primeiros dias, às vezes também acompanhado  por um  explicito “Eu te amo”. A vítima, carente, achará que está vivendo um conto de fadas, e algumas delas logo entregará seu sono e o coração para o moço. Se for virtual, o suposto romance pode até demorar mais,  mas, alguns ficam somente até o sexo virtual. Outros, entretanto, passam desta fase, e pedem a moça em casamento. A suposta noiva fica nas alturas: avisa para a família, para os amigos. Mas, ainda não sabe que o sádico somente está regozijando da sua conquista.

A maioria dos golpistas tem uma vida financeira precária, e sonham em imigrar para o Ocidente. Sei de casos que a noiva estrangeira pagou as passagens do moço, e o noivo que se dizia apaixonado nunca chegou ao destino, pois aproveitou  as passagens e ficou entre as escalas. Restando, à moça, somente as malas com cuecas que chegou  no setor de desembarque. Outros, mais abusados, pedem os números dos cartões de créditos ou dinheiro alegando a burocracia do Visto. Outros mantêm o romance até a chegada da noiva estrangeira à Índia; e algumas têm muitas surpresas, pois o homem dos seus sonhos já era casado e possuía muitos filhos. Entretanto,em alguns casos, a esposa do moço,na maior cara de pau, pode concordar  com a estada da estrangeira em sua casa. Todas essas histórias são verídicas, quem quiser saber mais, por favor, pesquise na internet, têm sites e comunidades do Orkut com relatos das mesmas.


Para o moço sozinho que vem à Índia: se o moço vem trabalhar por essas bandas, e com certeza deseja algumas escapadinhas com as locais. É possível sim, para a sua felicidade, algumas também namoram com estrangeiros, mas tudo muito discreto, pois não é bem visto uma moça de família prometida ficar de agarramentos com um forasteiro. Mas, cuidado, elas também podem dar golpes (aconteceu isso com alguns nossos colegas estrangeiros). Elas são amáveis e também sedutoras, mas depois de alguma semana saindo com você, provavelmente acontecerá uma grande fatalidade. Alguma pessoa da família da moça  ficará seriamente doente, geralmente é a mãe. E a coitadinha da moça, que não tem muito dinheiro, choramingará para você, e com uma sutileza incrível lhe pedirá um montante de rupias emprestado. E você, ainda com o ombro molhado das lágrimas da moça se sensibilizará, e dará o dinheiro até mais do valor que ela lhe pediu. Então, a moça agradece e fala que é para você não se preocupar e que logo ela te pagará, assim que possível. E sai fechando a porta com toda delicadeza, e você ainda emocionado tenta prender uma lágrima que insiste em descer em sua face. Mas, depois de alguns dias, acontece algo, um truque de mágica que nem o Mister M. poderia desvendar, a moça some... some... como num passe de mágica, você nunca mais verá a moça,  o telefone dela já não atende mais... e assim, como você nunca mais verá a moça da mãe doente,você também nunca mais verá suas rupias...

Levando a moça para afogar o ganso: uma dica, para a noite ou a tarde de amor: leve a moça para o seu apartamento! Pois, caso contrário, se você levar seu amorzinho para um desses hotéis, mesmo que seja um 5 estrelas ( têm 5 estrelas que abrem exceções, dependendo do cash do moço),  a sua tarde de amor poderá virar numa tarde de pesadelo e você verá o sol se por quadrado, sim, isso mesmo que você entendeu... você vai em cana!  Aqui é crime, você levar sua namoradinha indiana para um hotel, isso é lei! Todo hotel, pois mais chiqueirinho que seja, exige no check-in a sua certidão de casamento. Portanto, não dê bobeira, leve a amada para o seu sweet home.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Manual de sobrevivência na Índia- Parte IX


Tudo que você precisa saber sobre a Índia e ninguém teve a coragem de te falar...

Continuação...


Efeito ET: se o leitor for branquinho, você poderá passar pelo efeito ET. Não, não é aquele ET do filme, do dedo grande, do telefone minha casa.... você não deve ser tão feio assim... a questão é por causa da cor da sua pele. O efeito ET é uma denominação dada pelo estado hipnótico que os indianos ficam ao ver um estrangeiro branco. Eles param na sua frente e ficam olhando, olhando, olhando... e mais olhando... sem nem piscar os olhos, por horas assim. E alguns hipnotizados são mais caras de pau, também pedem para tirar fotos com você, acho que é para guardar como lembrança de um encontro com um suposto alienígena.

Eletricidade: a voltagem na Índia é 127, mas é constante  uma oscilação e queda de energia, cuidado com os aparelhos eletrônicos. É comum faltar energia o dia todo, por isso, quase toda casa ou apartamento possuem pequenos geradores.

Sem lazer: têm certas horas que você sentirá a falta do que fazer nos finais de semana, sabe aquele passeio no parque ou na praia, o lazer nos recantos naturais. Isso, não existe por aqui, os poucos parques que existem são velhos e quebrados com jardins não conservados. Então, o que resta em relação ao lazer, são somente os shoppings lotados e barulhentos, que em vez de te trazer descontração trará mais estresse ainda.

Sujeira na sua casa: se você for uma maníaca por limpeza, não venha à Índia, pois mesmo que você limpe sua casa duas vezes ao dia, ainda não será suficiente. Pois, qualquer brisa que entre no seu doce lar, encherá novamente de um pó preto, portanto relaxe e acostume-se a viver na sujeira. Não somente em sua casa, também pelas ruas de Mumbai,têm lugares que são verdadeiros lixão ao céu aberto. Se o viajante for atencioso, poderá observar que, olhando para alguns barraquinhos  também verá que as pessoas moram juntamente com o lixo.O lixo é tão normal por aqui, que se deve aprender a viver com ele. Já vi muitas dessas favelas entre Novo Mumbai e Mumbai, nas rodovias, dá até para ver dentro das tendas, elas estão cheias de pessoas e lixo. Se você reclama para um nativo sobre o lixo, ele lhe dará a desculpa da superpopulação. Mas, daí pensamos ironicamente num país vizinho que é campeão de população, mas que não é tão sujo assim, a China.

Animais por todos os lugares:
Animais por todos os lados, desde elefante, camelo , vacas e milhares de cachorros e pombos... Animais famintos e magrinhos revirando o lixo. O único animal que eu não vi por aqui foram os gatos, pois dizem que os gatos trazem má sorte, por isso são eliminados. É importante ter cuidado com crianças, pois é enorme a quantidade de cachorros doentes. Meu filho mesmo, quase foi mordido por um cachorro, detalhe: aconteceu dentro do nosso condomínio fechado, para você ver a noção de segurança do prédio, os cachorros de ruas são a grande maioria no nosso prédio, superando até pessoas. Cuidado também ao andar pelas ruas, pois qualquer hora você poderá ser bombardeado por um jato de merda de pombo, e se acontecer, agradeça aos deuses indianos, pois ser bombardeado por merda de pombo na Índia é sinal de boa sorte.

Cheiro de merda seca: todo final de tarde, em casa, tomo meu café com torrada; olhando pela janela da cozinha o pôr-do-sol de Mumbai, ao aroma de merda seca que sempre é exalado na mesma hora e que dura mais ou menos umas 3 horas. Já tentei até entender e investigar as hipóteses para este acontecimento, penso que todos nessa hora fazem cocô coletivamente num lago de frente da nossa casa, ou abrem a fossa neste horário. Portanto, um aviso às pessoas sensíveis ao cheiro, compre caminhões de incensos para fazer suportável a sua estada.




Vacas comendo lixo
Vacas magrinhas pelas ruas


Vaca comendo lixo








Ressalva: mudei o nome do Guia para Manual de sobrevivência, pois achei que ficaria mais cabível ao propósito dos posts. E acrescentei também, na primeira parte do manual, a origem dos fundamentos do manual, que foram baseados: nas minhas experiências, nos contatos com os nativos e com os estrangeiros que moram na Índia, e também por pesquisas feitas de modo físico ou virtual com Organizações não Governamentais que prestam ajuda humanitária na Índia. Portanto, as informações  de todo manual não são  fabulosas, são verdadeiras.
 E se o leitor quiser se certificar da veracidade dos fatos, é só pesquisar na internet. As informações da miséria, da exploração infantil, da discriminação e eliminação das mulheres e outras...estão documentadas em vários sites e também por filmes. Espero que vocês continuem apreciando o manual, e, por favor, comentem, mesmo que seja uma critica, pois assim saberei que o objetivo foi alcançado. Abraços a todos.  

Imagens: Google imagens.

domingo, 17 de abril de 2011

Manual de sobrevivência na Índia- Parte VIII


Tudo que você precisa saber sobre a Índia e ninguém teve a coragem de te falar...

Continuação...



Estrangeiros na direção:

É aconselhável não dirigir aqui na índia, pois se você atropelar um motociclista ou causar qualquer acidente, você poderá até ser linchado. Pois, é normal fazerem justiça pelas próprias mãos. Inclusive, as empresas que contratam estrangeiros usualmente disponibilizam motoristas para a segurança dos seus empregados. Existem muitas empresas terceirizadas que fornecem carros com motoristas por um valor bem baixo, é um serviço comum e necessário aqui na Índia.
Eu já vi algumas brigas feias pelas ruas de Mumbai, é de assustar.


Aconteceu comigo: um dia, nosso motorista foi abordado por outro motorista, por ter ultrapassado-o na frente no sinal amarelo. O motorista do outro carro nos deu uma fechada na rua seguinte, e inúmeras pessoas se aglomeraram. Ele estava com tanta raiva que já veio para bater no nosso motorista, mas, ele viu que tínhamos uma criança, e para nossa sorte relevou. Contudo, confesso que ficamos apavorados com a multidão que se formou e com a ira do motorista.

Faxineira: diferentemente do Brasil, aqui não existe uma faxina que você tem uma diarista para limpar tudo. Elas limpam por partes, você paga por cada lugar limpo, e dependendo do lugar e da casta elas não limpam. Algumas não limpam banheiros e nem recolhem o lixo. A minha, por exemplo, só limpa o chão e lava a varanda, e eu faço o resto.

Babá: é impossível encontrar uma, só se você tiver muita sorte de trazer alguma do interior. Mesmo, uma babá casual não existe por aqui. E se você pedir ajuda para seu vizinho para  encontrar uma babá casual, eles te acharam louca. Pois, não existe essa idéia de deixar filho com outra pessoa para ir jantar ou ir ao cinema com marido. Mulher na Índia foi feita para cuidar da prole sempre, não existe romantismo entre marido e esposa, o casamento é visto mais como um contrato predestinado.


Aconteceu comigo: perguntei várias indianas sobre uma babá para eu ir ao cinema com o marido e elas acharam um absurdo, ficaram com aquelas caras de espanto.

Compras...

Roupas: é muito difícil encontrar roupas com um caimento perfeito para o padrão brasileiro, geralmente são grandes demais ou pequenas demais, a solução é comprar algumas peças e mandar ajustar na costureira.

Esmaltes: para quem gosta de pintar as unhas, aqui encontrei esmaltes colorama importados do Brasil nas lojinhas da Maybeline por um preço bem acessível. Pois, esmalte é artigo raro e de luxo, pois as indianas não costumam pintar as unhas.

Lavar roupas: aqui tem lavadores de roupa por todo o lado, são lojinhas pequenas e sujas, são buracos na parede, eles lavam e passam por uma bagatela.

Pedintes: miséria é o que mais se vê em toda Índia, portanto acostume-se a ser perseguido por dezenas de pedintes de todos os perfis: dos velhinhos de muleta, das criancinhas sem olhos, de mães com bebezinhos no colo... Mas, evite dar esmolas, pois se o fizer, você atrairá mais pedintes ainda, tornando sua simples caminhada num terror. Aconteceu isso com meu marido, ele deu umas moedinhas para uma criança, e dezenas delas apareceram, e começaram a puxar a roupa dele, a carteira, bolsos...e só restou o coitado correr para se abrigar num shopping. Detalhe que a roupa do maridinho era branca; ficou num estado deplorável, sujo e todo rasgado. E enquanto o gringo corria de dezenas de trombadinhas, formou-se um publico enorme de indianos tirando fotos e gargalhando, gargalhando do gringo fujão sendo perseguidos pela molecada.

Ps: mesmo que o seu coração esteja quebrado ao ver aquela menininha sem olho, e queira dar uma esmola, não dê! Saiba que sua doação na maioria das vezes não vai para a coitada da menina, vai para a máfia. Pois, essa menina, quase sempre, está cega para justamente sensibilizar você. Cruelmente, os exploradores estão atrás de toda essa miséria; os mesmos furam os olhos de crianças e exigem que elas peçam esmolas. Sem falar na exploração sexual das mesmas.  Presenciei uma dessas meninas sendo cobrada e pressionada por um desses exploradores: num dia que eu saí de um circo com toda a família, era perto de um farol, muito tarde da noite, estávamos esperando o táxi para nos levar para casa. Vi o cara gritando com ela, e olhando a caixinha onde ela guardava o seu dinheiro. Ela tinha um olho furado, e estava lá desde o começo da primeira sessão pedindo dinheiro para todo mundo.







Imagens: Pedintes, google imagens

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Discriminação e eliminação das mulheres na Índia



Diretamente de Khao Lak, na Tailândia...


Passando rapidinho pelo blog para publicar esse artigo, divulgado hoje pelo The New York Times, não poderia deixar de mostrar um pouco mais da realidade das mulheres na Índia. 

Nem tudo é  "Zen" na Incredible Índia...



The New York Times
Por Nilanjana S. Roy, em Nova Déli (Índia)
Os números contam uma história velha e cruel: a eliminação sistemática das meninas na Índia. No censo de 2001, a proporção entre os sexos –o número de meninas para cada 1.000 meninos– era de 927 na faixa etária de 0 a 6 anos. Dados preliminares do censo de 2011 mostram que o desequilíbrio agravou, para 914 meninas para cada 1.000 meninos.
Os grupos de mulheres estão documentando este tipo particular de violência contra o gênero há anos. O demógrafo Ashish Bose e o economista Amartya Sen chamaram a atenção para as mulheres desaparecidas da Índia há mais de uma década. O aborto de fetos femininos aumentou à medida que a tecnologia médica tornou mais fácil a detecção do sexo do bebê ainda não nascido. Se for uma menina, as famílias frequentemente pressionam as mulheres grávidas a abortar. Testes que determinam o sexo são ilegais na Índia, mas o ultrassom e os centros para fertilização in vitro frequentemente driblam a lei, e o aborto por médico é facilmente obtido.
Algumas mulheres, como Lakshmi Rani, 30 anos, do distrito de Bhiwani, em Uttar Pradesh, foi pressionada a cometer múltiplos abortos. As três primeiras gestações de Rani foram interrompidas.
“Minha sogra me levou pessoalmente à clínica”, ela disse, de modo direto, mas mal audível. “Não foi minha decisão, mas não tive escolha. Eles não queriam meninas.”
Agora a família de seu marido a está pressionando para engravidar de novo e ela está torcendo por um menino. Apesar das campanhas do governo contra o aborto de fetos femininos, ela não acredita que terá escolha.
A história de Rani é comum por todo Uttar Pradesh, um Estado que possui uma das maiores desproporções entre os sexos na Índia. Os números do censo mostram que a razão entre mulheres e homens na faixa de 0 a 6 anos caiu de 916 em 2001 para 899 em 2011.
Em um relatório do Unicef de 2007, Alka Gupta explicou parte do problema: a discriminação contra as mulheres, já entranhada na sociedade indiana, cresceu devido aos desenvolvimentos tecnológicos que agora permitem que clínicas móveis de escolha de sexo ingressem sem controle em quase todas as aldeias ou bairros.
A Lei de Técnicas de Diagnóstico Pré-Natal e Preconceito de 1994 sofreu uma emenda em 2003, para lidar com a profissão médica –o “lado da oferta” da prática de seleção de sexo. Mas a lei tem sido mal fiscalizada.
Os motivos por trás do aborto de fetos do sexo feminino são complexos, segundo o Centro para Pesquisa Social, uma organização de pesquisa em Nova Déli. Ranjana Kumari aponta que a prática ocorre em alguns dos Estados mais prósperos –Punjab, Haryana, Déli, Uttar Pradesh– indicando que o crescimento econômico não garante uma mudança nas posturas sociais.
Ela aponta vários fatores que levam à preferência por meninos em muitas partes da Índia, especialmente no norte conservador: os filhos são uma fonte de renda para a família, as filhas se casam e ingressam em outra família e não estão mais disponíveis para cuidar de seus pais, os dotes tornam as filhas uma despesa e, nas áreas rurais, há o temor de que as mulheres que herdem terras possam transferir a propriedade para a família do marido.
Outra forma de violência contra a mulher –as mortes por dote– é igualmente bem documentada, e igualmente terrível, apesar dos indianos estarem tão acostumadas com elas que elas se tornam quase invisíveis.
Os nomes de Sunita Devi, Seetal Gupta, Shabreen Tajm e Salma Sadiq não chamam muito a atenção da maioria dos indianos, apesar de estarem todas nas notícias na semana passada por motivos semelhantes. Sunita Devi foi estrangulada em Gopiganj, Uttar Pradesh, a grávida Seetal Gupta foi encontrada inconsciente e morreu em um hospital de Déli, foi ateado fogo em Shabreen Tajm que queimou até morrer em Tarikere, Karnataka, e Salma Sadiq sofreu um aborto após ser espancada por seu marido em Bangalore.
As exigências por dotes maiores por parte da família do marido estiveram por trás de todos esses atos de violência, e são tão comuns que recebem apenas uma breve menção nos jornais. Os números do Birô Nacional para o Crime indicam que as mortes por dote aumentaram, com 8.172 em 2008, em comparação a cerca de 5.800 uma década antes.
Monobina Gupta, que pesquisa a violência doméstica para Jagori, uma organização não governamental, faz uma ligação direta entre essas mortes e o aborto de fetos femininos: “O dote faz parte do contínuo de discriminação e violência baseada em gênero, começando pelos feticídios femininos. Após a chegada da liberalização ‘econômica’ em 1992, a lista de exigências de dote se tornou ainda maior. A abertura dos mercados e a expansão da classe média alimentam o consumismo e a demanda por bens modernos. Por exemplo, estudos mostram que televisores a cores e aparelhos de home vídeo substituíram os televisores preto-e-branco, carros de luxo os Maruti 800 anteriores, aparelhos sofisticados substituíram os processadores de alimentos básicos”.
“É semelhante ao que está acontecendo com os feticídios”, ela disse. “À medida que a classe média ganha mais dinheiro, ela tem acesso à tecnologia médica mais sofisticada, tanto para assegurar o nascimento de um menino quanto para se livrar de uma menina não nascida.”
Qual é o custo de ter uma filha para uma família indiana, ou para a família do menino de abrir mão do dote? O economista T.C.A. Srinivasaraghavan estima o dote médio em torno de 10 mil rúpias, ou US$ 225. Esse número médio mascara as exigências exorbitantes de dote que costumam ser feitas pela família do noivo.
Em resposta aos resultados preliminares do censo de 2011, o governo central criou um escritório para monitorar o uso indevido de técnicas de seleção de sexo e o aborto de fetos do sexo feminino. Mas o verdadeiro progresso só virá quando mudarem as atitudes culturais em relação às mulheres. Enquanto isso, as mulheres terão que encontrar suas próprias soluções.
Em uma área nobre de escritórios de Nova Déli, Kiran Verma, 28 anos, cuidava de sua minúscula loja, um centro de fotocópias. O pai de Verma deixou a família anos atrás, e sua mãe, uma empregada doméstica, se preocupa em como cobrir o custo do casamento da filha. Mas como muitas outras mulheres urbanas atuais, Verma tem seus próprios planos. “Mais um ano e eu terei ganho meu dote”, ela disse com confiança. “Dessa forma eu terei alguma escolha em relação à família para a qual entrarei.”
Mulheres jovens que economizam seus próprios dotes não é a solução radical –a erradicação total do dote e da discriminação contra as mulheres– com a qual sonhava uma geração de feministas. Mas em seus esforços para se redefinirem como geradoras de riqueza, em vez de ônus para suas famílias, Verma e sua geração de mulheres indianas podem estar desferindo alguns golpes por conta própria contra os preconceitos que contribuem para o aborto baseado em gênero.
Tradução: George El Khouri Andolfato
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2011/04/13/censo-de-2011-revela-aumento-na-discriminacao-das-mulheres-na-india.jhtm

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma mensagem


Queridos leitores,

Não estou conseguindo terminar o Guia do viajante na Índia, como eu prometi. Pois, os preparativos para a mudança estão consumindo todo o meu tempo. Mas, eu continuarei escrevendo o guia mesmo em outro lugar.

Viajarei amanhã para a Tailândia...

Abraços e até a próxima parada!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Última viagem pela Índia...


Continuação...

Rumo ao Taj Mahal...

Em Jaipur, entramos em contato com uma empresa de transporte que poderia nos levar até Agra, foi através de uma indicação de um amigo do trabalho. Demos preferência para esta empresa, pois os passeios turísticos promovidos pelo hotel custavam o dobro. Mas, na hora que chegou o carro, bateu até um arrependimento, era um carro velho e precário... mas, têm horas na vida de nômade, que o que nos resta é fechar os olhos e arriscar.

 Foram 4 horas até Agra. Pelo caminho, pudemos ver de tudo: muita miséria (como sempre), família em condições subumanas, mulheres trabalhando nos arrozais; vacas magrinhas comendo lixo, e também muito cocô de vaca  secando ao sol em formas de rodelas (são usados em construção e também como meio de fazer fogo para cozinhar, foto abaixo). Um fato triste aqui na Índia, é que a mulher é explorada de todas as formas, principalmente na área rural. São elas que trabalham para sustentar a família, buscam água em áreas afastadas, cuidam dos filhos...  E os maridos? Ficam o dia todo jogando cartas. Mulher na Índia não tem valor, na minha forma de ver, é mais considerada  uma “coisa” do que gente.

Chegando à Agra, aquele inferno de gente, multidões de pedintes, trânsito caótico, e para piorar uma das ruas principais estava fechada para reparos. Como podem fechar uma rua de alto fluxo, com acesso ao Taj Mahal, num final de semana? Sem lógica, mas tudo é possível por aqui. Resumindo: ficamos mais 2 horas do previsto para chegarmos próximo ao Taj Mahal.  

A cidade dos Mortos-Vivos

Chegando às proximidades, tivemos que deixar o carro no estacionamento. Amigos, eu sempre relaciono os meus relatos com algum filme que eu assisti, pois, acho que surte mais efeito na visualização. Agora, imaginem o filme de terror... sabe aquele da década de 80, chamado ” A Volta dos Mortos-Vivos? Que um monte de Zumbis corriam atrás dos pobres mortais querendo comer  os seus cérebros.  Pois é, foi assim que eu me senti  ao chegar no estacionamento do Taj Mahal. Muita gente correndo atrás da gente, desde o menino que queria vender o chaveirinho do Taj Mahal até o moço que puxou o chinelo do meu marido para costurar a força (tive que gritar, ameaçar em chamar a policia, para que ele largasse o chinelo... na verdade,só precisava de uma colinha num cantinho, mas não queríamos isso naquela hora....rsrsrsrs )

O estacionamento é numa grande área, e tivemos que caminhar um curso de 15 minutos até chegarmos numa das entradas do Taj Mahal. No trajeto, dezenas de “zumbis” nos perseguiram, um menino encheu tanto o nosso saco para nos levar de bicicleta, que fomos vencidos pelo cansaço da insistência. E subimos na cadeirinha... e a sensação de ver aquele pobre menino magro se matando para nos levar na sua bicicleta foi ao mesmo tempo penoso e hilário. E o pior é que seria muito mais rápido se a gente estivesse caminhando. E num ultimo trecho, tinha uma subida, o coitadinho desceu da bicicleta e ficou arrastando... aí meu deus... deu uma dor no coração. Neste trajeto, pude ver , centenas de pessoas se cotovelando e alguns mendigos maconhados  brisando pelo chão...

Na entrada principal, outros zumbis que são chamados  “os guias de turistas”, dezenas apareceram mostrando suas carteiras com fotos, fotos que  às vezes não eram deles. E mais uma vez uma correria, uma chuva de nãos....

Finalmente no Taj Mahal

Depois de toda a via crucis, chegamos ao exuberante Taj Mahal.  E para mim, é realmente uma das maravilhas do mundo, um dos lugares mais lindo que já vi, a perfeição é divina!  Deu até para imaginar, nesta hora, o tamanho do amor do Imperador  Shan pela sua esposa.

Ficamos 2 horas na imensidão da beleza do Taj Mahal. Eu, anestesiada de tanta formosura, mas ainda pude sentir os pezinhos (não tão pequenos assim)  esturricando no chão quente, pois tivemos que deixar os sapatos na entrada.

E mesmo pagando 750,00 Rupias (valor alto para o padrão indiano) para entrar no Taj Mahal, os caras ainda queriam cobrar de tudo: permissão para usar a câmera, para deixar os sapatos e até para ir ao banheiro. E o mais cômico é que eles cobravam somente dos estrangeiros, bobinha essa gente, né?  Para mim eles não pediam, pois eu pareço uma indiana; mas, quando eles viam a brancura do meu marido, parecia que viam cifrões em forma de gente.

O exuberante Taj Mahal é cercado por um maravilhoso jardim. Pela primeira vez, aqui na Índia, vi um jardim verdadeiramente verde, preservado e limpo.

Dever cumprido

Eram 2 horas da tarde quando saímos do Taj Mahal, e estávamos famintos, quem disse que tinha algum restaurante limpo nas proximidades? Perguntamos ao motorista se tinha um McDonald por perto, e o cara nem sabia  o que era isso. Resumindo: ficamos o dia todo comendo bolacha e bebendo água, e  mais nada. E o jeito foi ir diretamente ao aeroporto de Jaipur para voltar para casa de Mumbai.

A sensação, depois dessa viagem, é mais de dever cumprido do que um deleite.  E encerramos  assim, para a nossa felicidade, as  aventuras pelas terras indianas.


Vista principal do Taj Mahal

Os detalhes do Taj Mahal

Taj Mahal

Porta de saída do Taj Mahal


Dentro do Taj Mahal

Sem sapatos 






Cocô de vaca para várias utilidades

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Última viagem pela Índia


Na verdade, fizemos essa última viagem mais por uma obrigação, pois já estamos saturados de todos os impasses de viajar por aqui. Mas, também seria um disparate vir até a Índia  e não conhecer uma das sétima maravilhas do mundo: o Taj Mahal, que fica em Agra.

A via Crucis

 Não tem vôo direto de Mumbai para Agra, então resolvemos ir por Jaipur. A outra opção seria ir por Delhi, mas achamos que Jaipur seria mais interessante, por ser considerado um dos lugares mais fascinantes da Índia. Jaipur é uma cidade formada por vários monumentos históricos; é chamada de “Cidade Rosada”, em razão da pintura dos seus prédios importantes.

Se você for pesquisar em vários livros turísticos todos falam bem de Jaipur e Agra, como todas as cidades da Índia, mas ninguém fala dos percalços que o viajante pode encontrar. Este pensamento é tão generalizado, que às vezes acho que esses famosos guias de viagens são feitos de uma maneira tendenciosa, puramente comercial. E não preparam nenhum viajante de forma adequada, e consequentemente sobram as surpresas não muito agradáveis.

Amigos, às vezes vocês podem até achar que sou um pouco radical e pessimista nos meus relatos, mas como sempre falo: o relato de uma viagem depende do perfil de cada viajante. Claro, se você for um jovem aventureiro, viajar sozinho com uma mochila nas costas achará a Índia fascinante, ou um milionário disposto a ficar em todos os 5 estrelas. Mas, a viagem que eu falo, é uma viagem de família, com criança pequena, de pais não tão jovens assim (quem tem filhos pode me entender melhor); e como a gente viaja bastante, não pegamos pacotes turísticos de cinco estelas, tentamos sempre economizar para viajar mais. Lógico, que eu nunca esperei muito da Índia, mas eu só queria o mínimo dos mínimos:  um lugar limpo para comer e um toalete humano.

A chegada em Jaipur

Viajamos pelo Indigo blue na ida , e na volta pela Jet Air. Estas companhias  são boas e não tão caras; diferentemente da Air India que é um pesadelo, tem aviões velhos e cadeiras quebradas, ( não tinha nem sacos para vômitos quando meu filho precisou numa desta viagem).

O aeroporto é pequeno, mas é bonito, com uma arquitetura mais moderna. Mas, não tem nenhum restaurante, somente cafés que servem doces e salgados apimentados.

As ruas próximas ao aeroporto são bonitas e limpas, e também possuem áreas mais arborizadas do que às de Mumbai.

Mas, afastando-se da área próxima ao aeroporto, chegando ao centro de Jaipur, você sente que está na real Índia. Muito lixo, muito lixo mesmo! Os prédios, já não são mais rosas, são marrons de tanta sujeira. Muita gente atropelando a outra, muitos animais: cavalos,camelos, cachorros, cabras... também muitos pedintes; crianças esguias,sujas e maltrapilhas caminhando sozinhas pelas ruas. No meio de tanta miséria, fica até difícil apreciar “o belo” das construções históricas.


Em Jaipur, não encontrei nenhum restaurante decente para comer. Gente, não é frescura não, mas aqui na Índia você tem pensar mil vezes antes comer alguma coisa na rua. Porque ficar doente longe de casa não é fácil, e com crianças então...

Claro, se você estiver disponível a gastar muita grana, você poderá ficar num desses resorts maravilhosos que tem em Jaipur, daí você poderá fazer toda sua alimentação por lá.  Mas, não é o nosso caso, geralmente a gente procura comer fora do hotel e fazer os trechos turísticos por conta própria, para economizarmos mais. Mas, em Jaipur não encontramos nenhum lugar limpo para comer; e olha que estávamos   nas proximidades do centro histórico. Então resolvemos almoçar no hotel mesmo, nos hospedamos no Holiday Hinn, que é um hotel não muito caro, de uma rede americana. Era obvio que deveria ter uma comida mais ocidental por lá, mas não foi isso que aconteceu. A comida era caríssima para o padrão indiano, e horrível! O hambúrguer( de frango) veio com pimenta( o Erik, meu filho pequeno,passa mal se comer certas pimentas). O frango que pedimos, veio esturricado e com gosto de óleo velho, se estivéssemos sozinhos, eu e meu marido, encararíamos essa situação numa boa. Mas, pagar caro por uma comida horrível é frustrante, não é mesmo?


Passeio turístico

Como não tínhamos muito tempo e estávamos muito cansados, pois não dormimos na noite anterior, por causa do vôo que foi de madrugada. Visitamos somente o Amber fort que era próximo do nosso hotel. O forte é bem legal, a arquitetura é impressionante, sem falar nas edificações aos redores do forte formadas por muralhas que lembram as muralhas da China. O mais belo do lugar é a vista de fora, pois dentro não tem muito o que ver, mas vale muito a pena conhecer, é como voltar no tempo. O forte foi construído no século 11, mas  em 1592  Man Singh ergueu  um palácio sobre as ruínas do forte. Então, a sensação é de uma mistura de palácio e forte. Têm jardins( não conservados) e um lago, também muitos macacos grandes querendo roubar qualquer coisa que você tenha na mão...rssrsrsrs...

Continuação no próximo post...

Amber Fort

Vista do lago no Amber Fort

Entrada principal do Amber Fort

Imagens: minhas fotos, mais fotos no Orkut